quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A dura vida de um healer.

Como todos sabem, raidei durante semanas como tanker para conseguir equip de healer e cerca de duas semanas atrás, comecei a tarefa mais difícil que já desempenhei no wow, qual seja, manter a raid/party viva.

Quando eu raidava de DPS, nunca me preocupei com cura. Achava que era obrigação do healer me manter vivo. Nunca nem habilitei o scroll text de heal. Então eu não sabia quanto era uma cura média, quanto era uma cura alta e uma ridícula. E nem sabia os momentos de cura e quanto cada luta exigia.

Assim que consegui a maioria dos equips de healer, pelo menos 80% dos equips (o resto era de tanker mesmo) e o http://www.wow-heroes.com/ me qualificou como pronto para curar heróicas, lá foi o Ganso serelepe se enfiar em dungeons heróicas para testar a cura.

E digo, a primeira try de cura foi de chorar. Quase desisti ali mesmo.

CURAR 5 MAN É MAIS DIFÍCIL QUE CURAR RAID.

Isso mesmo, do meu ponto de vista, como Holy Paladin, que não tem cura de grupo (a não ser o Beacon of Light) nem Heal over Time – HOT (a não ser o Flash of Light em conjunto com o Sacred Shield), a cura de uma heróica é muito mais difícil do que uma raid. Em uma raid, apesar do dano ser muito maior e a luta exigir mais atenção, você tem mais 9 ou 24 pessoas te ajudando com você. Geralmente raider é mais atento que jogador normal, ou deveria ser pelo menos, fora que com mais healer na raid, menor a chance de você fazer uma grande cagada e dar wipe.

Em heróica geralmente tem um Tanker, 3 DPS e o healer que deixou a party inteira morrer.

Tankar é dificil pra caceta, mas curar é mais difícil ainda.Algumas lutas como tanker são realmente difíceis, como o Heigan, mas algumas são realmente babinhas. O tanker precisa se preocupar com a aggro e a luta em si, mas como é ele que está no controle da luta tudo corre mais fácil. O healer não tem o controle da luta, em absoluto, ele além de prestar atenção na luta e no seu alvo principal (geralmente o tanker) tem que prestar atenção na raid inteira, sob pena de morrer um ou outro player. E em luta com enrage timer, perder um DPS pode significar o sucesso ou o wipe.Agora o healer, ainda mais paladino que tira debuff e buffa outros, é realmente uma profissão difícil.

E veja bem, agora me apropriando de um dos melhores conselhos que recebi como healer, e que retirei do blog do Ferraro (http://ferarro.blogspot.com/2009):

“Primeira coisa, antes de entrarmos em táticas, spells e estratégias, tem uma coisa muito importante no que se refere a cura que você deve ter em mente antes de iniciar. E a grande verdade é que, de acordo com todo mundo que não é healer (isso corresponde a 80% da população do WoW), todo e qualquer wipe será sua única e exclusiva culpa. Mesmo que o tanker esteja mal equipado e a spec dele esteja um lixo, a culpa será sua por não ter equip melhor para segurar a cura dele, ou tenha falhado na hora de dar o Lay on Hands. Se o DPS está puxando a aggro porque nunca se preocupou em instalar o Omen (aliás esse Addon devia ser obrigatório para logar no WoW), será sua culpa se ele tomar dano crítico do boss e morrer. E pior, quando a raid acabar e o boss estiver morto, a única coisa linkada no raid chat será o recount do dano causado pelos DPS (já que são 80% da raid). E você, será agradecido por ter curado? Não pobre mortal, você não fez mais nada que a sua obrigação.”

E veja a complicação da vida de um healer paladino.Tem que tomar cuidado para o Beacon of Light estar 100% do tempo ligado. Idem para o Sacred Shield.Tem que dar um Flash of Light a cada 12 segundos pra manter o HoT. Castar o Sacred Shield e dar um Holy Shock critico 100% pra colocar outro HoT (proc do set(2) do T8), olhar pra vida do tanker, olhar pra vida da raid, olhar pro boss e julgar ele pra aproveitar o Judgement of the Pure que aumenta o haste, olhar pro chão pra ver se tá pisando no lugar certo, olhar pra range dos raiders pra ver se cura todo mundo, curar o cara que num sai do AoE no Black Knight.
Enfim, o que mais gosto nele que é a complexidade, é o que causa mais stress.Vida de DPS em muitas lutas é babinha, vida de tanker, contanto que saiba a luta e mantenha a aggro também.
Mas vida de healer é cheia de sobressaltos.Na primeira vez que fui curar em VoA o cara me chamou pra uma PUG 25 e eu cara de pau de tudo aceitei (Foi minha terceira tentativa de usar a build de Holy). Na hora que o Koralon dá aquele giro, quase chorei. Porque todas as barras do meu healbot começaram a descer ao mesmo tempo (quem é healer sabe o desespero). E eu pensei, AGORA FODEU. Mas conseguimos, com um excelente grupo de healers, matar ele de prima.O que fode mesmo healer é DPS desatento.
Dá até raiva do cara que num foge do fogo, que num pula na Keristraza, que num sabe a dança do Heigan, que num foge da injeção do Grobulus, que num anda pra sair do fogo no Koralon, que num fica em cima do gelo no Anub, enfim, que não estudou a luta ou faz a luta displicentemente como se ficar vivo fosse obrigação única e exclusiva do healer.
Em quatro semanas de trabalho, já curei quase todas as heróicas, Naxx 10 e 25, VoA 10 e 25, ToC H, Onyxia 10 e 25, ToC 10 man e ToC 25, inclusive o Anub (ainda não deitamos o baratão, mas esse semana esse FDP deita). A que eu acho mais difícil de curar é a ToC Heroica (a de 5 pessoas mesmo), se pega aquela Priest que casta o fear fica complicado de curar do ponto de vista de um Paladino. Nos Champions se pegar o rogue e o DPS não sair de cima do poison, é wipe na hora. Se no Black Knight não sair de cima da AoE dele e na última fase não stackar no meio pra receber menos dano, fica quase impossível de curar, se não fossem os addons, não sei o que seria da cura.
Aliás, eu que achava os addons de DPS legais, agora me curvo ao Healbot. Sem ele, curar no jogo seria praticamente impossível. Não conheço um healer que não use ele ou o Grid+Clique ou X-Perl+Clique. Ele é um pouco chato de configurar e de entender no início, mas depois que você domina ele, fica tudo uma maravilha.

E o que ele faz: Ele coloca uma interface na tela com as barras de HP de todos da party/raid. Aí configurando ele você consegue selecionar os spells para cada um dos botões do mouse, e quando você coloca o mouse em cima da barra de HP nessa interface, só precisa clicar com o botão certo para curar a pessoa.

Realmente facilita muito.

Veja minha configuração:
  • Botão esquerdo do mouse – A tiva a Macro casta o Flash of Light e ativa os trinkets, eliminando a mensagem de erro caso o cooldown deles não esteja finalizado.
  • Botão direito do mouse – Macro que ativa o Holy Light, ativa os trinkets e elimina a mensagem de erro caso o cooldown deles não esteja finalizado e casta o Divine Illumination reduzindo o custo de mana para todos os spells por 30 segundos.
  • Botão 4 do mouse – casta o Holy Shock - como uso um mouse com dois botões adicionais tenho ainda o botão 4 e 5, fora a roda central que podem também ser configurados no Healbot.
  • Botão 5 do mouse – Casta Divine Favor – garantindo um crítico do Holy Shock e ativando o bônus set (2) do T8 de Paladino (um novo HoT no alvo).
  • Alt+ Botão esquerdo do mouse – Beacon of Light.
  • Alt+ Botão direito do mouse – Sacred Shield.
  • Alt+ Botão 4 do mouse – Cleanse.
  • Alt+ Botão 5 do mouse – Bubble.

Então a única coisa que eu preciso clicar com o teclado é o movimento, o julgamento e, quando necessário, o Divine Plea. Isso facilita muito o heal e aumenta a chance de cura.

A única dificuldade, como eu disse, é configurar ele para a sua necessidade. Nesses tempos de lutas relâmpagos, onde 1 segundo pode fazer a diferença entre um boss morto e um wipe, ter o healbot configurado é importante, principalmente as macros dele. Eu prefiro sempre fazer macro habilitando os trinkets e spells que pouca gente usa por causa do cooldown delas. O Divine Illumination é um caso. Poucos palas usam esse spell (guardando ele para lutas mais longas e com uso de mana mais pesado). Eu uso ele sempre que ele sai do cooldown porque minhas macros tentam ativar ele toda vez que casto Holy Light (1 vez a cada 10 segundos mais ou menos).

Segundo informações (leia-se Ghostcrawler) no Cataclysm as lutas serão mais lentas. Isso exigirá, não só do healer, como dos DPS e Tankers, um maior cuidado no uso das skills e utilização de mana. Mesmo com o Nerf de mana do Paladino no 3.2, a não ser em lutas específicas, mana não é um problema. Exatamente por isso, os DPS se acostumaram a receber curas spamadas, e esse é o jeito atual de heal, já que ninguém tem que ficar se preocupando com mana.

Logo que comecei a curar, achava que tinha que esperar o dano para curar. Isso valeu pelo menos uns 11 wipes, até eu decidir que nem me preocuparia com o Overheal, já que é uma sistemática tão disseminada no WoW que o Beacon of Light foi alterado somente para que o overheal possa ser contado.

Mas realmente curar tem sido um desafio e, talvez isso, tenha me motivado a ficar mais ativo no jogo e ter reativado o blog.

Se conseguiu essas duas coisas, o trabalho que anda me dando valeu a pena.

Abraços

Ganso

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

World of Warcraft – O jogo no estágio atual – O que a Blizzard pretende para o futuro.

Esse post tenta analisar a tendência da Blizzard desde a implantação pré Wrath of the Lich King – WotLK (com o patch conhecido como Echoes of Doom), até os dias de hoje e prevendo as possíveis mudanças que teremos no futuro com a expansão Cataclysm. Na verdade é mais uma análise do ponto de vista pessoal do que uma análise fundada em informações secretas da Blizzard. Essa análise foi feita com base na minha experiência como jogador e nas alterações e declarações que os “Blue Posters” (leia-se na maioria das vezes Gosthcrawler) colocam no fórum oficial.

E ela começa com a minha própria história como jogador de WoW.

Estou jogando WoW faz mais ou menos 2 anos e pouco. Minha guilda se originou no Ragnarok oficial, acabou indo para um “Private Server” de ragnarok e chegou aquele ponto onde o design e o conteúdo do jogo já não atendiam mais os anseios do pessoal que jogava.

A fim de testar novos mundos e jogos, uma parte da guilda migrou para um “Private Server” de WoW, cujo nome não importa, mas que era quase Blizzlike, digo quase porque tinha que upar (pelo menos por um tempo) e quase tudo funcionava (isso quando o servidor não caia e ficava fora do ar). Na época o level cap era de 70 e o end game era o Illidan, já que Sunwell estava bugada e desativada. Assim pudemos ter o real gosto do end game, pelo menos a parte dos jogadores que estavam equipadas. Na verdade Black Temple inteira exigia muito dos healers, tankers e DPS, muito mais do que hoje, mas me apresso no assunto, voltando ao WoW – TBC (The Burning Crusade).

Nessa época minha vida de jogador era mais ativa. Podia logar mais, minha esposa não enchia tanto o saco, assim pude me equipar em pouco tempo e testar o end game mais rapidamente, mas realmente o end game era quase impossível para um casual player, a dificuldade envolvida com Sunwell Plateau era tão grande, que muitas guildas praticamente não conseguiram zerar a instance. Ouço rumores de que, mesmo para jogadores equipados com equipamentos do WotLK e com 10 lvls a mais, a instance ainda pode ser desafiadora, no quesito de estratégia para matar o boss.

Mas isso acabou mudando completamente.

Com a vinda do patch pré Wrath of the Lich King, ganhamos acesso aos talentos finais de cada classe, sem ter que upar um lvl sequer. No primeiro dia do Patch eu gastei cerca de 100 gold só respecando meu Warlock na época. Lembro que a primeira coisa que fiz foi testar a Demon Form do Warlock, só pra depois mudar pra Destruction e logo depois voltar pro Affliction. E no Affliction eu respequei umas 3 vezes por conta de tunar as habilidades.

Logo depois veio o WotLK, com diversas instances 5 man para acelerar o leveling. Diversas quests podiam ser feitas dentro das instances, os mapas eram enormes, e a quantidade de quests inacreditáveis. Mesmo para um jogador casual (jogo de 2 a 3 horas a noite de 4 a 5 vezes por semana) eu consegui upar de 70 a 80 em menos de um mês. Nessa época eu estava com mulher grávida de 7 meses e meu tempo, que já era limitado, ficou ainda mais limitado.

Logo depois veio meu filho, duas mudanças de emprego e uma mudança de casa. Isso tudo me fez abandonar o blog, porque manter o blog, o emprego, a família, o jogo e a sanidade era um pouco difícil. Hahahahahahahah

Mas vejo que, com as mudanças recentes o jogo está mais casual do que hardcore.

A QUANTIDADE DE DUNGEONS E RAIDS:

Quem jogou WoW um ano atrás e joga hoje verifica a quantidade de mudanças feitas pela Blizzard no jogo. Talvez seja reflexo de ter perdido quase 1.000.000 de jogadores para o Conan (90% já voltaram para a Blizz), ou ainda pelo lançamento do Warhammer, mas desde o lançamento do WotLK a Blizzard vem lançando cada vez mais conteúdo.

Temos Vault of Archavon com 3 boss, Naxx, Ulduar, OS, Malygos, 14 heroicas se não me falha a memória, Onyxia, Trial of the Champion, Trial of the Crusader, tudo isso em menos de um ano. O The Burning Crusade, antiga expansão, chegou a isso com quase dois anos de existência.

E semana passada a Blizzard anunciou duas novas Five man e em dezembro a Icecrown Citadel com mais 12 bosses.

Ou seja, só para jogar todo esse conteúdo, é preciso de tempo.

Um exemplo: eu por exemplo não faço quest diária (a não ser a de JC que demora 10 minutos e a daily heróica), não faço evento anual (ano passado fiz só o do dia das bruxas), não faço muito achievement.

Isso porque foquei em dungeon e raid. Como tenho pouco tempo disponível, e é progredir nesse conteúdo que me diverte, foco todo o meu jogo nele. PvP faço de vez em quando.

E isso mudou ainda mais depois que comprei esse novo char. Isso porque foquei no Paladino, que é uma classe que pode desempenhar os 3 papéis no jogo (tanker/healer/DPS) e optei minha dual spec pelas duas specs mais procuradas pra Raid, quais sejam, Holy e Protection nessa ordem. Isso me garante que, mesmo não sendo da guilda, tenha lugar garantido em raids e dailies.

BRING THE PLAYER NOT THE CLASS:

Essa foi uma mudança primordial no modo de design das dungeons e raids do WoW. Ao permitir que qualquer composição de party/raid possa ter acesso a um dungeon ou raid, desde que tenha os 3 papéis do jogo (tank/heal/DPS) foi uma maravilha. Até um tempo atrás, as composições das partys e raids eram meio fixas, se num tivesse um determinado tipo de composição, matar o boss ficava praticamente impossível.

Claro que tem boss que ainda é mais fácil de matar se uma determinada classe está presente, vide Priest para o Instructor Razuvious em Naxx, ou ainda a facilidade de matar a Argent Confessor Paletress se um shaman com Tremor Totem estiver presente, ou um Death Knight no Black Knight para castar o Army of Dead na segunda fase e o escudo de magia na terceira fase. Mas mesmo sem uma dessas classes, o boss ainda pode ser morto.

O Ghostcrawler sempre disse que a filosofia da Blizzard daqui para frente seria essa. Qualquer party ou raid que tenha a quantidade certa de Heal/Tank/DPS pode matar qualquer boss do jogo. E isso facilita em muito a vida do casual player, que, na maioria das vezes não pode se dedicar a ter diversos personagens para colocar em cada um dos papéis existentes.

AS BADGES – MARAVILHA PARA O JOGADOR CASUAL

Nunca reclamei do sistema de loot ou do percentual de chance de drop de um item. Para quem jogou Ragnarok, sabe que Loot difícil era uma carta com 0,1% de chance de drop. E a maioria das cartas (que se equipara a uma gema e um enchant do WoW mais ou menos) tinha esse drop rate. Conseguir uma carta, e ainda por cima a carta certa, era uma questão de paciência, perseverança e sorte (uma vez eu andava pelo mapa dos Pecos e dropei uma carta Peco Peco matando apenas um Peco Peco que cruzou meu caminho e a carta era uma das melhores cartas para Knight do jogo).

No WoW, desde que você esteja em um dungeon ou em uma instance, você tem a chance de conseguir um item. Claro que tem o /roll envolvido no esquema, mas em uma raid como Naxx por exemplo com 15 boss envolvidos, que dropa pelo menos 3 itens, são 45 itens para 25 pessoas, ou seja, só sendo muito azarado para sair sem nada.

Na guilda Los Cocha Bambas da qual faço parte, quando Naxx entrou em modo farm pelo grupo de raiders, todo mundo conseguiu equipar o char inteiro e a offspec, além de sobrarem vários itens que eram desencantados e colocados no guild bank para uso posterior.

Não bastasse o sistema de loot e drop, ainda existem as badges. Ou seja, mesmo que você seja o jogador mais azarado do mundo em termos de drop e quando dropa o item você ainda tem azar e dá um /roll de 1, mesmo assim pode acumular badges para trocar por equipamento top de linha, inclusive os famigerados Tiers.

Em 3 semanas de Patch 3.2.2, fui capaz de levar o char novo (Paladino comprado 3 semanas atrás) a ter uma pontuação de 2.300 no WoW Heroes e cerca de 4.400 no Gearscore. Fiz tanta dungeon 5 man e as dailies que to com 2 partes do T8 e uma do T9, fora outras partes que fui farmando em ToC H.

As badges acabam recompensando o jogador regular e não somente aquele Raider hardcore.

E agora com a Daily heróica dando Badge of Triumph, melhor ainda, porque o conteúdo desenhado com tanto cuidado pelos desenvolvedores do jogo, pode ser apreciado novamente. Para mim é uma maravilha quando estou lockado em tudo e posso ir em heróicas, seja para fazer a daily, seja para farmar badge mesmo. Teve uma noite tranqüila que farmei cerca de 20 badges.

OS HEROIC MODES E HARD MODES

E para que o jogador hardcore não fique triste pela “facilitação” do jogo, a Blizzard criou os Hard Modes para eles, onde dropam os itens normais e adicionalmente o item exclusivo de Hard Mode. Mesmo assim, muito jogador Hardcore não fica satisfeito com isso, acha que facilitando o jogo a Blizzard está afastando jogadores fiéis.

Mas vejamos, WoW tem cerca de 13.000.000,00 de assinantes mensais. Se 10% forem hardcores, ou pretenderem ser, são apenas 1.300.000 jogadores contra 11.700.000 que não são. Muito tem se reclamado da facilidade do jogo, mas eu nunca consegui fazer OS com algum dos Drakes vivos, ou seja, esse hard mode eu nunca fiz e nem tenho a pretensão de fazer.

Se eu conseguir raidar todas as instances do jogo, matando o boss é claro, para mim estará de bom tamanho. Lembro que no tempo do Illidan, mesmo estando em um Server bugado, com itens donate, um monte de players armados até os dentes com os melhores equipamentos, ainda assim demoramos cerca de um mês para completar a instance inteira (para mim a mais bonita do WoW) e matar o chifronésio. Cansei da quantidade de wipes que tomei do Illidan e em Zulaman eu nem conto. Serpenstine Cavern era um inferno em termos de Raid.

Realmente alguns bosses são mais fáceis que outros. Onyxia eu achei uma pusta apelação. Ainda não matei a rabuda, mas em termos de heal a luta é bem facinha e todos sabem que curar é o papel mais difícil de uma raid (aliás to preparando um post sobre healers).

Mas para os harcores raiders, essa é a chance de mostrarem que são melhores que os outros. E isso é uma coisa que eles adoram fazer. Motivo pelo qual, se lançar um Server nacional para mim será uma maravilha, pois fico no Server gringo. Mesmo eles odiando BR’s, prefiro me misturar a eles do que ficar ouvindo merda de jogadores brasucas que se acham deuses dentro do jogo.

Eu até pretendo um dia tentar algum hard mode, mas como eu disse acima, se conseguir matar todos os bosses do jogo (com excessão de Occulus que acho um saco), para mim está de bom tamanho. Serviço cumprido.

E ainda nesse tema, a nova instance Trial of the Crusader, tem o 10 man mode e o 25 man mode, e ambos tem o heroic mode. Grande sacada da Blizzard, dá pra ir evoluindo aos poucos no conteúdo e dificultando cada vez que conseguir um improvement no equipamento.

PUG’s – o céu ou o inferno.

Conforme eu disse acima, com tudo isso de conteúdo, e os modos normais sendo relativamente acessíveis a todos, o jogo tem tido cada vez mais PUG (Pick up Group em ingreis dos United States). Aliás a Blizzard gostou tanto desse incremento em PUG’s que agora poderão ser criadaqs PUG’s inter-servers, ou seja, você coloca seu nome lá e que papel pode desempenhar e ele ficará acessível a todos os servers (ou pelo menos para o mesmo Battlegroup do qual você faça parte).

E as PUGs podem ser o céu ou o inferno. Já participei de tudo quanto é tipo de PUG, bem sucedidas e mal sucedidas. Geralmente quando ela é bem sucedida é porque os players que a compõe fazem parte de guildas conhecidas e que estão em conteúdo diferente da que o cara está indo. Dependendo do nível dos players em uma PUG eu já sei se vai dar merda ou não.

Semana passada, por incrível que pareça entrei em 12 – ISSO MESMO – 12 Pugs para matar a Onyxia. Variando de 10 ou 25 pessoas e em nenhuma delas consegui matar ela. Isso porque os players são desorganizados, na maioria das vezes não ouvem o líder da Raid (que geralmente tem razão). E DPS, desculpem generalizar, mas no mais das vezes é desatento. Sei disso porque era meio desatento e achava que era obrigação do healer me manter vivo. E agora que eu curo, descobri que, sem a ajuda dos DPS, não há santo que impeça um wipe.

Em todas as tries, os players não corriam no Deep Breath ou ficavam agrando os whelps ou ficavam tomando rabada dela. Mas que raios, o líder vivia gritando para saírem de trás dela e ainda assim tinha player que ficava lá. Como diria um amigo meu, DPS desatento tem que morrer mesmo.

Em algumas PUGs mais organizadas, os DPS que não se enquadrem são chutados da party, porque DPS você acha de monte no Server.

Logo depois de uma try dessa, o líder da PUG me chamou pra Vault 25 porque tinha acabado Wintergrasp. Fizemos ela inteira em menos de 20 minutos sem nenhum wipe e depois fizemos 10 man em mais 10 minutos. Essa é a verdadeira loteria atual do WoW, mas vem mudando. Eu só entro em PUG quando o cara pede os achievements ou o gearscore do player, isso facilita um pouco as coisas na hora de organizar e evita dor de cabeça desnecessária.

E o que o jogo nos reserva para o futuro? Claro que mais diversão para o casual, sem desprezar os desafios para os hardcore players.

Fico por aqui.

Abraços

Ganso

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